quarta-feira, 9 de outubro de 2013

OPERAÇÕES URBANAS "ÁGUA BRANCA" - QUEM É QUEM ?

QUEM É QUEM NA ÁREA ?

"O Desenvolvimento não repousa mais na atividade industrial" disse " LE CORBUSIER" (arquiteto e urbanista francês), quando de sua vinda ao Brasil nos anos 70.
43 anos mais tarde, espaços vazios e atividades minguando na economia brasileira, aproveitam o momento para rediscutir a Política Urbana dos novos interesses econômicos.
Se colocarmos uma ordem para o cronograma de implantação, em primeiro lugar estará a INFRAESTRUTURA; depois a consignação de verbas e orçamentos para em seguida a elaboração de metas para a construção e ou obras de requalificação do tecido urbano.

Mas na Câmara Municipal de São Paulo a ordem aconteceu exatamente ao contrário. A determinação das áreas, o aumento dos impostos e ficando a cargo da iniciativa privada a execução sem o planejamento público, ou sem as respectivas audiências de concordância da sociedade.

Os mesmos representantes que votaram a favor do PROJETO ÁGUA BRANCA, agora polemizam o aumento do IPTU, esta é a teatralização eleitoreira na contra-mão das aprovações recentes desta mesma bancada.

A venda do solo urbano e a venda para além da capacidade de adensamento estabelecida no PLANO DIRETOR, exigirá reforço no orçamento público para esta região no futuro; assim sendo, os gastos e imprevistos, desencaminharão os investimentos de outras políticas públicas essenciais a qualidade de vida do cidadão da periferia.

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
São Paulo, 09 de outubro de 2013

fone 11- 9 - 8949-4689

OPERAÇÕES URBANAS - HISTÓRICO

OPERAÇÕES URBANAS

Durante a década de 80, são traçadas as OPERAÇÕES DE COMPENSAÇÃO, ou seja operação "ROBIN WOOD INVERTIDA".

Projetos mapeavam as áreas de interesses econômicos, e permutas seriam aceitas para os acordos de ocupação de áreas mesmo em desacordo com o PLANO DIRETOR.

A princípio a circunscrição Jardins, Morumbi e Ibirapuera, continham os atrativos necessários à especulação da época, bom poder aquisitivo, bons equipamentos urbanos e proprietários em comum acordo, discutiam a moeda de troca com o setor econômico. No final dos anos 80 e início de 90, na adm Erundina, alguns passos foram dados na direção do Morumbí, quando alguns dos projetos de PAULO MALUF, interrompidos anteriormente pelo então Prefeito Janio Quadros, voltam a serem discutidos como a NOVA FARIA LIMA, e a ligação por baixo do RIO TIETÊ com o Morumbi, melhoramentos para AV. LUIZ CARLOS BERRINI, e o Corredor FARIA LIMA. Algumas ações como a OUTORGA ONEROSA, davam o direito de se construir acima do limite estabelecido pelo zoneamento, mas dependia do estoque de área, bem como decretos e outros dispositivos.
Hoje a OPERAÇÃO ÁGUA BRANCA, vem delinear mais um trecho do projeto, por incrível coincidência, estão envolvidos; Câmara Municipal e Empreendedores das discussões passadas.

Estas ações de Governo que privilegiam os interesses atuais, esqueceram do CENTRO HISTÓRICO DE SÃO PAULO, o ponto mais importante do qual depende o sucesso de todo e qualquer empreendimento urbano, seja na capital, na periferia com o RODOANEL, ou na REGIÃO METROPOLITANA.
O círculos que circunscrevem as cidades datam do período medieval, constituídos de muralhas físicas, geográficas ou até invisíveis, objetivam proteger as castas ligadas ao poder central. Alguns modelos como o PLANO DE PARIS, adotados no Brasil, a exemplo está CURITIBA, nada diferente de São Paulo, hoje cercada por assentamentos expontâneos, invasões e exclusões de toda a sorte.
A construção da muralha circunscrevente do privilégio da boa infraentrutura, no futuro não apenas evidenciará a segregação urbana periférica, mas condenará o centro, sob pena de invasões e conflitos sociais de toda ordem.
A grande relevãncia é que São Paulo extrapolou todos os limites de crescimento desordenado e que as reuniões paralelas aos interesses sociais deverão sessar de um vez por todas, voltando a projetos reais de infraestrutura e oportunidades.

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
ivanov@arquitetoonline.com.br  

OPERAÇÕES URBANAS - ÁGUA BRANCA E MUITA SUJEIRA

OPERAÇÕES URBANAS
GRANDE NEGÓCIO IMOBILIÁRIO


Mais uma vez foi fechado um grande negócio, motivo de comemoração para todos os envolvidos na OPERAÇÃO URBANA "ÁGUA BRANCA", e o que não foi dito e nunca será entendido é que lá na frente, dentre as próximas negociatas preparadas pela Câmara, será evidenciada a circunscrição protetora de uma faixa privilegiada, tudo que não foi prometido pelo Partido Político na administração.
Jornalistas não tem mais a palavra nem tão pouco a denúncia, uma vez que patrocinadores dirigem a matéria. Grandes áreas da cidade, na mão de mini-fundiários, investidores e empreendedores, discutidas por representantes sociais e finalizadas em comemorações com champagne francesa, durante este período de conchavos, usos, ocupações e elevação dos índices de aproveitamento do solo; o VELHO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO PAULO, mais uma vez ficará para depois; pois os proximos orçamentos serão consignados e canalisados para os desencadeamentos destas operações imobiliárias.
A densidade projetada para esta operação elevará para 60 pessoas por metro quadrado na Região da ÀGUA BRANCA, perfazendo uma barreira intransponível para quem da periferia acessa o centro.
Nas administrações MALUF, as tentativas de excentricidade da economia de São Paulo, levaram o adensamento para o Morumbí, para Pinheiros e agora para a Z.O., terrenos das empresas Maluf e Matarazzo, receberam durante anos a infra estrutura paga pelo munícipe da periferia, que agora são traídos pela POLÍTICA URBANA, desleal e preponderante.
As futuras barreiras propostas pelo Arquiteto BONDUKI e vereador, aliciam a periferia para o voto útil, mas entregam a o filé da cidade para o PODER ECONÔMICO, com o objetivo de circunscrever a ILHA PROTETORA, dotada de tudo que é bom.
O anúncio inicial da venda em torno de 300 mil metros quadrados, com um jeitinho no zoneamento, elevará para 450 mil metros quadrados as atuais operações urbanas, o que significará um montante de 4,5 bi a ser administrado pelo setor financeiro.
Por aí podemos refletir sobre a OPERAÇÃO ÁGUA BRANCA, que de branca mesmo só o papel onde serão lavrados os acordos, e a sujeira mais uma vez irá para baixo do tapete.

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
ivanov@arquitetoonline.com.br